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As primeiras almirantes da história!

Atualizado: 4 de ago. de 2023


No meio marítimo, duas mulheres se destacaram sendo consideradas as primeiras almirantes da história, a mais alta patente da Marinha, reservada somente aos líderes navais de destaque.


A primeira delas foi a da rainha Artemísia I de Cária, que por volta do ano 480 a.C., se tornou um dos principais generais militares do Império Persa, sendo conhecida por ser superinteligente e uma excelente estrategista. E a única rainha entre os reis que compunham o poderio militar persa.


Séculos depois outra mulher se destacou como uma líder corajosa e estrategista habilidosa, Laskarina Bouboulina, tinha 40 anos, era viúva duas vezes, mãe de sete filhos, solteira quando começou a construir seu império marítimo na Grécia, no século XIX.


A esquerda a rainha Artémisia I e a direita Laskarina Bouboulina.


Mulheres no meio militar.


A história das mulheres no meio militar parece ser algo recente e registros e imagens feitas das mulheres, durante as duas Guerras Mundiais, desempenhando funções essenciais em várias frentes, como enfermeiras, motoristas, operadoras de rádio e outras tarefas cruciais, para o esforço de guerra. Contribuirão com imaginário coletivo de que o início das mulheres na área militar somente se deu no século XX. O que não é verdade!


Esquerda acima - Mensageira de moto, em 1917.

Esquerda abaixo -Lylia Litvyak, piloto da Força Aérea soviética, durante a batalha de Stalingrado - Segunda guerra mundial - STOCK PHOTO

Direita - 2° Tenente – Enfermeira Lúcia Osório (Brasil)


Há registros históricos bem mais antigos que comprovam que não é de hoje que as mulheres frequentam os campos de batalha, tendo papéis ativos nas atividades militares, seja combatendo lado a lado de homens, abertamente ou disfarçadas, ocultando seu gênero.


Joana d'Arc (1412-1431 d.C.) e Tomoe Gozen (1157 -1247 d.C.).


Na Grécia Antiga, por exemplo, as mulheres eram encarregadas de proteger suas cidades durante tempos de conflito, enquanto os homens estavam ausentes nas batalhas.


Durante a Idade Média, embora o acesso das mulheres ao combate direto fosse limitado, algumas delas encontraram maneiras de se envolverem em conflitos militares. Rainhas e nobres frequentemente lideravam suas tropas em batalhas e exerciam autoridade sobre exércitos inteiros.


Isabel I de Castela.


Nomes como Joana d'Arc, que liderou o exército francês durante a Guerra dos Cem Anos, e a rainha Elizabeth I da Inglaterra, que desempenhou um papel crucial na vitória contra a Armada Espanhola, são exemplos de mulheres que exerceram influência significativa no campo militar.


Joana d'Arc a esquerda e Elizabeth I a direita.







No caso brasileiro, tivemos Maria Quitéria de Jesus Medeiros, que lutou na Guerra da Independência do Brasil, em 1823. Ela fugiu de casa, disfarçou-se de homem e se alistou com o nome do cunhado, José Medeiros, e em seguida partiu com as tropas e lutou contra os portugueses. Ela é considerada a primeira mulher militar brasileira.






Maria Quitéria de Jesus Medeiros.


Infelizmente, muitas mulheres, e seus feitos, não foram registrados na história; pois na maioria das culturas pelo mundo o dever de lutar em guerras era uma função majoritariamente masculina cabendo às mulheres somente tarefas restritas ao ambiente doméstico e aquelas que desafiavam esse padrão tinham seus feitos reduzidos ou menosprezados pelos homens.


Foto ilustrativa.


Entretanto, duas mulheres desafiaram os padrões da época sendo consideradas as primeiras almirantes da história. Elas provaram que o talento, a capacidade de liderar e alcançar grandes conquistas em qualquer área, inclusive no ambiente marítimo, não estão restritos a um gênero específico.


Artemísia I.


Artemísia nasceu por volta de 500 a.C., em Caria — atual sudoeste da Turquia, mas naquela época, a região fazia parte da Grécia. Ela era filha do rei Lygdamis de Halicarnassus e uma mãe, originária de Creta, cujo nome é desconhecido.


Mapa da Grécia Antiga.


No mundo grego antigo, as mulheres — até princesas — eram menos do que cidadãos de segunda classe e tinham poucos direitos legais. Elas eram consideradas propriedade de um homem: pai, irmão ou marido. Para esse homem, elas deveriam ser completamente obedientes. Desde o nascimento, meninas eram mantidas com suas mães e irmãs em aposentos reservados somente as mulheres e era esperado que passassem a maioria do tempo lá, tecendo ou realizando outros trabalhos femininos.


Mulheres na Grécia Antiga.


Por isso, não se sabe nada sobre o começo da vida de Artemísia, mas certamente não foi a vida típica de uma garota grega, pois de alguma forma Artemísia conseguiu aprender a lutar e a navegar grandes navios de guerra.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Ela tinha um forte senso de si própria, e não tinha problemas para expressar sua própria opinião, o que não poderia ter sido fácil em um mundo onde nada que uma mulher dissesse era levado muito a sério. De alguma forma, ela deve ter provado sua capacidade, porque neste mundo no qual as mulheres não podiam sequer possuir suas próprias casas, Artemísia herdou o trono, tornando-se a Rainha de Caria — primeiro como consorte, depois como regente e por fim, governante de fato.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Quando Artemísia se tornou rainha, após a morte de seu marido, o rei Hidarnes, seu território, já havia sido anexado pelo poderoso império persa, que se estendia até as fronteiras da Índia e nas regiões, sul do Egito até ponta ocidental da Líbia.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


O grande rei persa, Xerxes I, desejava também adicionar as Cidades-Estados gregas ao seu domínio e solicitou a Artemísia uma colaboração em dinheiro para a produção bélica que o mesmo estava montando contra os gregos. Artemísia atendeu o pedido e fez melhor: apareceu usando uma armadura completa de batalha com cinco de seus navios de guerra.


Xerxes I


Mas antes de sabermos como foi a empreitada dessa nossa rainha guerreira, precisamos entender um pouco melhor a situação politica da região na época e do porquê, o rei Xerxes I, querer entrar em guerra contra os estados gregos.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Bom o Rei Xerxes I, (486 a.C. a 465 a.C.) entrou em guerra contra as cidades-estado gregas por uma série de razões. Uma delas foi a sede de vingança que Xerxes tinha pela derrota do seu pai, Dario I, nas Batalhas de Maratona em 490 a.C., quando os atenienses conseguiram repelir uma invasão persa.


Essa derrota feriu o orgulho persa e principalmente de Xerxes que estava determinado a conquistar a Grécia para restaurar a honra do império. Além disso, o controle da Grécia era estrategicamente importante para os persas, pois abriria caminho para uma expansão adicional para o oeste.


As cidades-estados gregas, especialmente Atenas, eram conhecidas por sua riqueza e poder naval, o que representava uma ameaça potencial aos interesses persas na região.

Representação de um barco fenício singrando os mares.


Dessa forma, a guerra liderada por Xerxes I contra as cidades-estados gregas foi uma combinação de vingança, busca por poder e expansão territorial. E foi nesse contexto turbulento que Artemísia fez história.


Artemísia e sua frota foram convocadas para se juntar a Xerxes, que estava reunindo a maior força de combate que o mundo já havia visto. Artemísia foi a primeira e única mulher comandante entre os 150.000 soldados e 250.000 marinheiros e a única rainha entre os reis aliados que compunham o poderio militar persa.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Os gregos ficaram tão ofendidos que uma mulher tivesse a audácia de pegar em armas contra eles que ofereceram uma recompensa especial de 10.000 dracmas por sua cabeça.


Xerxes I, com seu imenso exército, marchou até a Grécia, em direção a Atenas dando o primeiro passo rumo a conquista das cidades estado gregas. Diante do perigo iminente, as cidades-estados gregas, lideradas por Atenas e Esparta, uniram suas forças e formaram uma coalizão para enfrentar o exército persa.


A frota grega, composta por aproximadamente 380 navios e marinha persa, com uma força significativamente maior, composta por cerca de 1.200 se encontraram no estreito entre a ilha de Eubéia e o continente grego. Dando início a uma série de grandiosas batalhas navais.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Os gregos levaram a melhor no primeiro round. Apesar da superioridade numérica persa, os gregos possuíam uma vantagem tática: seus navios eram mais manobráveis do que os grandes e pesados navios persas e suas tripulações eram mais experientes e habilidosas. Esses fatores desempenhariam um papel fundamental no resultado da batalha.


Mesmo com os persas levando uma surra, Artemísia lutou com bravura demonstrando muito habilidade no comando de sua frota. A derrota persa impediu os planos de Xerxes I de conquistar a Grécia. Xerxes pediu que Artemísia lhe desse sua opinião sobre a derrota persa, e ela lhe disse francamente que os gregos eram superiores a eles no mar. Os homens do exército ficaram surpresos ao ouvir uma mulher expressar sua sincera opinião, ainda mais para um rei.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Xerxes, porém, simplesmente agradeceu a Artemísia por sua opinião e passou a planejar outra batalha no mar. Para a segundo round, que aconteceu em setembro do ano 480 a.C., no estreito canal entre Salamina e a ilha de Egina, Xerxes instalou um trono num penhasco à beira-mar para assistir à batalha de perto, confiante na vitória persa. A marinha persa, apesar das perdas, ainda era numerosa, possuindo mais de 800 navios, enquanto a frota grega contava com aproximadamente 370 navios.


A natureza estreita do estreito de Salamina limitou a mobilidade da frota persa que era grande demais, para manobrar ou lutar ali, o que anulou sua superioridade numérica. E os gregos e atenienses, liderados por Temístocles, aproveitaram essa vantagem, lançando ataques rápidos e precisos contra a gigantesca esquadra persas, causando danos significativos e muito pânico entre as fileiras inimigas. A superioridade grega no combate corpo a corpo também foi fundamental para a vitória.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Segundo relatos históricos, quando Artemísia percebeu que a vitória persa era improvável, ela agiu de forma ousada e astuta. Ao se encontrar em um impasse, com uma frota grega se aproximando, ela decidiu enganar Xerxes I, que assistia à batalha. Artemísia deliberadamente afundou um navio, não se sabe ao certo se era um navio inimigo ou aliado, o que confundiu ambos os lados o suficiente para que ela escapasse sem consequências graves. Xerxes, ao observar o ocorrido, presumiu que ela havia afundado uma embarcação inimiga e, impressionado com sua suposta lealdade, elogiou-a publicamente.


Imagem do filme - 300: A ascensão do império


Com essa manobra engenhosa ela consolidou ainda mais sua posição de destaque perante o império persa. A batalha foi um desastre para os persas. A marinha persa sofreu grandes perdas, com centenas de navios sendo afundados ou capturados. A derrota em Salamina prejudicou severamente as ambições de Xerxes I de conquistar a Grécia e teve um impacto significativo no restante da guerra.


Após a batalha, Xerxes convocou Artemísia para falar com ele em particular. Graças a sua sinceridade, ela se tornou a única pessoa em quem ele confiava para lhe dar conselhos honestos e sábios. Ele perguntou a ela o que deveria fazer após o desastre militar, e seu conselho foi mais uma vez honesto e prático.


Artemísia aconselhou Xerxes a levar a maioria de suas tropas para casa, deixando algumas tropas para tentarem acabar com os gregos sob o comando de seu melhor general. Xerxes aceitou o conselho de Artemísia e se retirou da Grécia, deixando seu general melhor para lutar o resto da campanha em nome dele.


Dessa forma, Xerxes voltou à Pérsia com a maioria de seu exército — e apesar dos esforços, nunca conseguiu conquistar completamente a Grécia. Na volta para casa, ele demonstrou sua confiança na Artemísia, fazendo dela a guardiã de seus filhos e encarregando-a de levá-los em segurança de volta a Éfeso, o que ela parece ter realizado com sucesso, mas logo após isso, Artemísia de Caria desapareceu completamente dos registros históricos.


Artemísia I


Apesar disso, a vida de Artemísia I ecoa através dos séculos como um exemplo de liderança feminina notável em uma época dominada por homens. Ela desafiou as expectativas de seu tempo, mostrando-se uma governante habilidosa e destemida, cuja inteligência e coragem foram igualadas apenas por seu profundo compromisso com seu reino e seu povo.



Laskarina Bouboulina.


A Grécia estava sobre o domínio dos otomanos desde a Queda de Constantinopla ocorrida em 1453. Existiram numerosas tentativas de recuperar a independência grega durante o período de ocupação otomana da Grécia, que durava mais de 400 anos. E foi em uma dessas tentativas de independência, ocorrida em 1770, que o pai (Stavrianos Pinotsis), de Laskarina se envolveu sendo preso por isso e um ano depois, em 1771, durante uma das visitas de sua mãe (Skevo) à prisão localizado o que hoje é Istambul, Laskarina nasceu.


Laskarina Bouboulina


Seu pai morreu pouco tempo depois e alguns anos mais tarde, já morando na ilha grega de Spetses, a mãe de Lakarina se casou com Dimitrios Lazarou-Orlof. A influência desse ambiente marítimo despertou seu interesse pelo mar e pelos navios.


Mapa das Ilhas gregas.


Laskarina, se casou duas vezes, primeiro com Dimitrios Yiannouzas e depois com outro Dimitrios Bouboulis, um rico capitão e dono de frota, o mesmo acabou morto em uma batalha contra piratas argelinos, em 1811.


Aos 40 anos, Laskarina então assumiu a fortuna do marido e seus negócios comerciais e comprou mais quatro navios, sendo um deles um grande navio de guerra chamado Agamemnon. Em 1816, os otomanos tentaram confiscar seus bens, pois seu segundo marido lutou com os russos contra os turcos otomanos na Guerra Russo-Turca (1806–1812). Com o medo de perder seus bens, Laskarina pediu asilo a embaixada russa, já que seu marido havia lutado ao lado deles. O governo russo concedeu o asilo e a enviou para a Crimeia, onde estaria em segurança.

Um detalhe importante para a história, foi quando Laskarina viajou até Constantinopla, para pedir asilo, lá ela conheceu a mãe do sultão, Mamude II, que teria convencido o filho a deixar a riqueza de Laskarina em paz. Em troca Laskarina fez uma promessa à mãe do sultão de que protegeria as mulheres turcas quando as mesmas precisassem de auxílio.


Mamude II


Depois de três meses na Crimeia, Laskarina voltou para Spetses. Alguns anos mais tarde, ela se juntou à sociedade secreta chamada "Sociedade dos Amigos" (FilikiEtaireia) formada por patriotas gregos que buscavam alcançar a independência grega do Império Otomano, sendo uma das poucas mulheres a fazê-lo. Ela não está listada nos documentos históricos da época, mas também teria sido uma das poucas mulheres envolvidas com o movimento armado.


Para auxiliar na causa rebelde, Laskarina recrutou um exército particular de homens da ilha de Spetses e usou boa parte de sua própria fortuna para comprar comida e munição. Subornou oficiais turcos para ignorar o tamanho de seu navio, o Agamemnon, que depois foi um dos maiores navios de guerra utilizados pelos rebeldes gregos. E em 13 de março de 1821, doze dias após o grupo começar a Guerra da Independência, Laskarina levantou a primeira bandeira revolucionária do conflito sobre a ilha de Spetses.


Imagem Ilustrativa


O povo em Spetses se revoltou e depois se juntou à frota com outros navios de outras ilhas gregas. Laskarina, navegou com seus oitenta navios em todas as ilhas gregas, lutando em bloqueios importantes, batalhas e cercos de fortes turcos e auxiliando as forças gregas onde quer que estivessem.


Embora em menor número, os gregos eram melhores marinheiros e adversários poderosos para os otomanos. Quando as batalhas navais não eram suficientes para ela, Laskarina desembarcou para lutar a cavalo. A bravura e a habilidade estratégica de Laskarina foram notáveis durante a guerra e sua presença nos combates inspirou seus marinheiros e as tropas gregas, demonstrando que as mulheres também podiam desempenhar papéis de liderança no campo de batalha.


Laskarina Bouboulina


No entanto, a luta pela liberdade teve um preço pessoal para Laskarina. Em 1821, seu filho, YiannisYiannouzas, que também estava envolvido na luta pela independência, foi morto em combate na batalha de Argos contra as tropas otomanas. Essa perda trágica afetou profundamente Laskarina, mas ela continuou a liderar sua frota com coragem e determinação.


Quando os gregos capturaram a cidade de Trípolis, Laskarina negociou uma troca de prisioneiros com o derrotado comandante turco para salvar a vida das mulheres e crianças turcas do harém do governador otomano Hourshid Pasha. E assim, no meio de uma guerra marcada por massacres brutais de civis, ela ordenou a seus soldados que não machucassem essas mulheres e crianças, cumprindo com a promessa feita à mãe do sultão anos antes. As mulheres e crianças foram evacuadas com segurança.

Infelizmente, a luta pela independência da Grécia não foi fácil, e as tensões internas e as rivalidades entre os líderes das facções gregas que existiam, dificultaram o progresso da luta. A facção de Laskarina foi derrotada e por ser considerada perigosa para o Estado grego, ela foi presa, exilada em Spetses e pobre após gastar toda sua fortuna durante o conflito. A Guerra da Independência Grega durou de 1821 até 1832 e resultou em um estado grego independente, mas Laskarina não sobreviveria para vê-la.


A bandeira grega sendo içada nos murosde Salone ("N. Mitropoulos iça a bandeira em Salona"). Cena da fase inicial da Revolução Grega. Fonte: http://www.902.gr/eidisi/istoria-ideologia/13739/san-simera-10-aprili#/0


Depois de todas as suas ousadias no mar e no campo de batalha, Laskarina foi morta em 22 de maio de 1825, aos 54 anos, em uma disputa familiar, quando seu filho fugiu com a filha de outra família e alguém atirou acertando-a na testa. O assassino nunca foi identificado.


Seu fim não foi heroico, mas não há dúvida, que sem os seus navios, dinheiro e comando, a revolução poderia não ter sido bem sucedida. LaskarinaBouboulina é lembrada como uma heroína e símbolo da luta pela liberdade na Grécia. A Rússia lhe concedeu o título de almirante. Ela foi a única mulher a receber esse título.



Laskarina Bouboulina


Seu papel como comandante naval e sua dedicação à causa da liberdade a tornam uma figura inspiradora para as mulheres e para todos os que buscam a justiça e a igualdade. Atualmente.



Profissão de Almirante.


A profissão de almirante é reconhecida como uma das mais altas patentes da Marinha, reservada aos líderes navais de destaque. Embora historicamente dominada por homens, o avanço da igualdade de gênero tem aberto caminho para mulheres talentosas e dedicadas que também alcançaram esse posto de prestígio.


Dalva Maria Carvalho Mendes


Nesta breve exposição, mencionarei alguns nomes de mulheres notáveis que romperam barreiras e deixaram sua marca na história como almirantes. Uma das primeiras mulheres a atingir o posto de almirante foi Grace Hopper, que se destacou como pioneira na área da computação e na Marinha dos Estados Unidos.


Grace Hopper


Além de suas contribuições revolucionárias para o desenvolvimento de linguagens de programação, Hopper se tornou a primeira mulher a alcançar o posto de almirante na reserva da Marinha em 1983.


Outra mulher notável que ascendeu ao cargo de almirante é Michelle J. Howard, que fez história ao se tornar a primeira mulher afro-americana a alcançar a patente de almirante de quatro estrelas na Marinha dos Estados Unidos.


Michelle J. Howard


Howard teve uma carreira ilustre, tendo comandado navios de guerra e ocupado cargos de liderança em diversos níveis, tornando-se um exemplo de excelência e superação para futuras gerações.


No Brasil, destacamos a almirante Dalva Maria Carvalho Mendes, que fez história ao se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de almirante na Marinha do Brasil em 2012. Sua trajetória marcada por competência e dedicação mostrou a capacidade das mulheres de liderarem nas forças armadas, e ela se tornou um símbolo inspirador para muitas jovens brasileiras que almejam uma carreira naval.


Dalva Maria Carvalho Mendes


Conclusão.


Esses são apenas alguns exemplos de mulheres que superaram obstáculos e alcançaram o cargo de almirante em diferentes países. Suas realizações são testemunhos do talento, capacidade e dedicação das mulheres nas forças navais, e servem como inspiração para futuras gerações que desejam trilhar caminhos similares.



Conheça a história delas através de outras mídias digitais.



Para mais história das mulheres, acesse meu canal do Youtube: @historiafeminina - https://www.youtube.com/


Textos retirados na íntegra e trechos modificados dos seguintes sites:














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